A ministra Margareth Menezes e a presidenta da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano, anunciaram nesta segunda-feira (7) o lançamento de um edital voltado para a região Norte do país no valor de R$ 6 milhões; e a construção de um centro cultural em Belém. Além disso, Menezes também anunciou que a capital do Pará vai sediar a edição 2023 do Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR).
De acordo com Maria Serrano, a Caixa Cultural Belém é a primeira unidade cultural do banco no Norte do país e será inaugurada em 2025, somando-se às ações do governo federal para receber a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), que será sediada na capital do Pará.
“Queremos dar a nossa contribuição para o estado, para Belém e para a COP. A CAIXA está dedicada a ampliar o acesso à cultura para a população do Pará, oferecendo diversas atividades culturais”, afirmou a presidenta Maria Rita Serrano.
O espaço, que vai ocupar um dos pavilhões do Porto Futuro II, vai, além de fomentar o mercado cultural da região, trazer eventos gratuitos ou a preços populares. O banco conta ainda com unidades culturais em Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
O espaço cultural será voltado para oficinas de arte-educação à promoção de espetáculos de música, dança e teatro, além de exposições de obras de arte, além de atividades on-line, como mediações e cursos de formação.
Edital para o Norte
A Caixa, junto a outras instituições públicas com coordenação do MInc, participará de uma seleção que vai financiar projetos culturais produzidos e executados na região Norte: o banco vai destinar R$ 6 milhões, em 2024, por meio da Lei Rouanet.
“Ter um edital específico para a região Norte mostra uma sensibilidade, porque nossa realidade de acesso a este tipo de edital é diferente. Ter um edital próprio demonstra que as políticas públicas estão entendendo a região”, declarou Úrsula Vidal, secretária de Cultura do Pará.
Indústria criativa
Na ocasião, a ministra Margareth Menezes também anunciou que Belém vai sediar, em novembro deste ano, Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR), evento do setor cultural promovido pelo Minc e pela Organização dos Estados Ibero-americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI).
“Será a quarta edição promovida no Brasil. Outras já foram realizadas em países da América Latina. É uma oportunidade de promover o encontro entre mercado e produtores de cultura, para gerar emprego e renda por meio de uma economia criativa”, destacou Menezes.
O MICBR pretende fomentar e impulsionar o crescimento dos setores criativos, facilitar a circulação de bens e serviços culturais, estimular a internacionalização da produção cultural nacional e promover a profissionalização dos agentes culturais brasileiros.
Em Belém, a expectativa é que o evento movimente R$ 50 milhões em negócios, durante os dias de programação, e possa alcançar R$ 70 milhões a posteriori, seguindo o montante movimentado em edições anteriores pelo evento.
“A cultura se coloca como um vetor de desenvolvimento econômico. Nesse evento nós reunimos diversos compradores e vendedores de diferentes áreas como audiovisual, dança, teatro, música, artesanato, gastronomia – que aqui em Belém é inclusive reconhecida pela ONU como patrimônio cultural, área também de moda e outras áreas, entendendo também que o trabalhador da cultura não é apenas o fazer a cultura, também é todo o suporte técnico, a mão de obra qualificada para que os eventos possam acontecer. Então esse evento reúne essa série de atores para um momento intenso diálogo e de fazer negócios”, explica Cassius Rosa, secretário executivo adjunto do Minc.
