Uma coalizão de centro da Itália apresentou nesta segunda-feira (28) uma moção na Câmara dos Deputados para o governo se comprometer em “continuar sem reservas a atividade de apoio econômico e militar” para a Ucrânia durante todo o ano de 2023.
A iniciativa dos partidos Ação, de Carlo Carlenda, e do Itália Viva (IV), do ex-premiê Matteo Renzi, propõe a prorrogação do plano para ajudar Kiev, concedendo todas as ferramentas úteis – até mesmo novos equipamentos de guerra – para o governo de Volodymyr Zelensky lutar contra a invasão russa.
A moção sobre auxílio militar tem em vista a discussão marcada para esta terça-feira (29) sobre o conflito. O texto pede que o governo italiano prorrogue “até 31 de dezembro de 2023 a autorização para a transmissão de equipamentos militares às autoridades governamentais da Ucrânia”.
O documento defende ainda que a administração de Giorgia Meloni atue “em continuidade” com as ações e medidas adotadas pelo governo de Mario Draghi, e considera que a retirada das forças russas poderia “abrir o caminho” não só para um cessar-fogo, mas também para um “diálogo entre as partes que respeite o princípio da plena soberania e integridade territorial da Ucrânia” e abrir “negociações de paz justa”.
Além disso, a coalizão convida o governo italiano “a estimular e apoiar todas as iniciativas diplomáticas (públicas ou privadas, bilaterais ou multilaterais)” que tenham como objetivo a retirada das tropas russas e que, em qualquer caso, “atendam ao consentimento do governo ucraniano” .
Por fim, a moção quer o fortalecimento de programas humanitários para a população ucraniana e ações “para um claro fortalecimento da política externa e de segurança comum também no que diz respeito à questão da abolição do critério de unanimidade do Conselho Europeu, e para a criação de um Exército europeu comum”. .
