A última semana do Festival Bora transforma Fortaleza num grande palco a céu aberto, onde a arte encontra o povo em suas esquinas, praças e beiras de mar. Com uma programação gratuita que se espalha pela cidade, o evento se afirma como um dos maiores movimentos culturais do ano. A última semana do Festival Bora leva dança, teatro, música, feiras criativas e oficinas para diversos bairros, reafirmando o compromisso da capital cearense com a cultura acessível e descentralizada. A cada edição, o festival se consolida como espaço de voz para artistas locais, conectando tradição e inovação num mesmo sopro de criação coletiva.
Durante essa última semana do Festival Bora, os espaços públicos ganham nova vida. A Ponte dos Ingleses foi tomada por apresentações musicais que misturam sonoridades tradicionais e contemporâneas. Na Rua dos Tabajaras, a batida do samba se misturou ao vai e vem das feiras criativas, onde artesãos, artistas visuais e produtores independentes expuseram seus trabalhos autorais. A última semana do Festival Bora não apenas estimula a economia criativa, como também promove o reencontro das pessoas com o espaço urbano. Lugares esquecidos pelo cotidiano são redescobertos como cenários de festa, expressão e convivência.
O Centro Cultural Belchior, o Teatro São José e o Estoril foram pontos altos da última semana do Festival Bora. Com espetáculos que vão do experimental ao popular, os palcos foram ocupados por companhias de teatro e músicos que traduzem a diversidade da cena artística local. O espetáculo Na Paz do Caos, por exemplo, reuniu gerações distintas da música de Fortaleza em uma só apresentação, mostrando que a arte tem o poder de unir, provocar e emocionar. Já no palco do Teatro São José, o grupo Bagaceira emocionou o público com a peça Inacabado, reflexão poética sobre o tempo, a vida e as possibilidades de reconstrução.
A feira coletiva Mais Vinil e Design foi outro destaque da última semana do Festival Bora. Montada no Largo dos Tremembés, a feira reuniu cerca de 25 marcas autorais, com expositores locais oferecendo produtos artesanais, discos, roupas e obras únicas. Esse recorte da economia criativa presente na última semana do Festival Bora não apenas promove os criadores independentes, como também fortalece a identidade cultural da cidade. Ali, não há espaço para cópia ou produção em massa. Cada peça vendida carrega uma história, um gesto manual, uma ideia nascida na calçada ou no quintal.
Sustentabilidade e cultura caminharam juntas ao longo da última semana do Festival Bora. Desde o início do festival, ações de coleta seletiva e educação ambiental foram incorporadas ao evento, com o apoio de cooperativas de catadores. Somente nesta última etapa, quase uma tonelada de resíduos foi devidamente separada entre recicláveis e orgânicos. A iniciativa reforça a responsabilidade ambiental como pilar do evento, mostrando que é possível promover grandes encontros culturais sem agredir o meio ambiente. A última semana do Festival Bora também foi um exemplo de cidadania ecológica em movimento.
A periferia também teve protagonismo na última semana do Festival Bora. Em Pirambu, oficinas de arte, grafite, yoga e vivências infantis ocuparam espaços abertos, transformando o cotidiano do bairro em experiência cultural. O projeto Arteculando Pirambu – Semana Underground trouxe atividades que envolveram crianças, jovens e adultos num clima de festa e aprendizado. No fim do dia, o coletivo DOBINGO reuniu artistas como Piájay, DJ Rafa, Mais Melanina e o grupo Samba de Pai pra Filha, criando um ambiente de celebração e pertencimento. A última semana do Festival Bora mostrou que a arte vive e resiste nas margens, nos becos e nas quebradas.
O encerramento da última semana do Festival Bora foi marcado por apresentações no anfiteatro da Beira-Mar, onde o show Fucking Samba com Dipas e a participação de DOIXTON levou ao público uma mistura de samba com música eletrônica e letras afiadas. A pluralidade de estilos mostrou que Fortaleza é território de experimentação, onde o novo encontra raiz e o tradicional ganha novas camadas. A plateia vibrou ao som de batidas modernas e refrões que falam das dores e alegrias do povo. A última semana do Festival Bora reafirmou que cultura não é luxo, é direito, é vivência e é expressão coletiva.
Com a cidade pulsando arte por todos os lados, a última semana do Festival Bora deixou um legado que vai além do entretenimento. O evento mostra que investir em cultura é investir em comunidade, identidade e pertencimento. A presença ativa do público, o envolvimento dos artistas e a diversidade de linguagens provam que Fortaleza tem vocação natural para ser palco de grandes encontros culturais. A última semana do Festival Bora encerra com a missão cumprida de ter levado a arte para o povo, de ter feito da cidade um espetáculo e da cultura, um caminho possível para transformar vidas.
Autor: Wolf Neuman