O mercado imobiliário continua em alta no ano de 2023, segundo Valdir Agostinho Piran. Desde o começo de 2022, a demanda do financiamento da casa própria esteve em alta e tende a seguir melhorando este ano. Para ter uma melhor previsão para o ano de 2023, é necessário colocar em retrospecto que os anos passados tiveram um pequeno desaceleramento por causa da pandemia de Covid-19.
A construção civil em todas as regiões do país vem crescendo em números exponenciais. Cada vez mais, as pessoas querem sair do aluguel e terem uma casa própria. Ainda segundo o acionista de empresas do setor financeiro e investidor imobiliário, Valdir Agostinho Piran, os financiamentos estão muito mais acessíveis à pessoas de classe média e baixa. Veja abaixo as tendências que vão dominar o mercado imobiliário em 2023!
Aumento na procura de salas comerciais
O home office, que virou obrigatoriedade durante a crise do covid-19 em muitas empresas, fez com que muitas delas abandonassem ou fechassem algumas de suas salas comerciais. Mas com a volta das atividades presenciais, as empresas voltaram a procurar mais por salas comerciais. Segundo o presidente do grupo Piran, Valdir Agostinho Piran, houve uma alta de procura de salas na Faria Lima, região paulistana onde abriga grande número de prédios comerciais.
Novos lançamentos devem aquecer o mercado
Dados da CBIC – Câmara Brasileira da Indústria de Construção – apontam que houve um aumento no número de vendas em mais de 45%. E a tendência é que esses números só aumentem para esse ano. Isso acontece porque existe uma demanda represada: o número de vendas de imóveis supera o número de lançamentos.
Imóveis sustentáveis
Os impactos da pauta ambiental no ramo da construção civil devem começar a refletir, muito mais, no mercado imobiliário. De acordo com Valdir Agostinho Piran, edificações sustentáveis e moradias “eco friendly” estão em alta, principalmente em segmentos corporativos e conjuntos residenciais de alto padrão. Isso significa que projetos de construção que aproveitam melhor os recursos naturais terão maior competitividade no mercado, especialmente entre o público com maior poder aquisitivo.
Casa Verde Amarela/ Minha casa minha vida
Mesmo com a mudança de nome, por causa de diferenças governamentais, o programa habitacional voltado para moradias populares deve atender famílias com renda mais baixa do que os critérios atuais. Isso chama atenção dos especialistas, que mesmo duvidando sobre como o governo subsidiaria esses financiamentos, devemos ver movimentações para que tais grupos sejam atendidos, o que pode impulsionar o segmento de habitações baratas e populares.
Tokenização imobiliária
Colocando em formas simples, “tokenizar” é fragmentar um ativo real (um terreno, por exemplo) em uma “cota” que pode ser negociada digitalmente. À essa cota, se dá o nome de token. Exemplificando: ao invés de vender 100% de um terreno para somente um comprador por um valor alto, o terreno é fragmentado digitalmente e vendido para diversos compradores que têm a decisão livre de comprar uma ou mais partes dele. Como esse valor é regulado por uma entidade, esse token só se valoriza ao longo dos anos.
Finalmente, Valdir Agostinho Piran comenta que além de facilitar os investimentos, este conceito traz inúmeras possibilidades para o mercado imobiliário, tanto para compra, quanto para locação de imóveis. No entanto, o mais interessante é a desburocratização do processo de comercialização e aquisição, sem abrir mão da segurança. Tal tipo de negócio já se tornou comum nos Estados Unidos e Suíça, mas vem crescendo lentamente aqui no Brasil. Porém, com certeza pode se tornar uma das grandes tendências do mercado imobiliário em 2023.
